quinta-feira, 7 de maio de 2009

There's no place like home!


Arrumando minhas coisas essa semana, encontrei uma agenda que usava na época em que morei fora (pra quem não sabe morei 8 meses “all by myself” em Caxias-MA).

Dentre muitas das coisas repetitivas nela escritas, a vontade de voltar pra casa é, com certeza, o assunto mais freqüente de todas as minhas “conversas” com ela.

Não que morar fora não seja algo muito bom, pelo contrário, é uma experiência única, uma oportunidade de criar um mínimo de juízo e amadurecimento.
Fora as outras coisas boas nisso, né? E não falo só de não ter que dar satisfações a alguém, mas de tudo. De almoçar na hora que quer (se quiser), de se dar ao luxo de esquecer a toalha de banho no quarto e sair nua do banheiro sem se preocupar de alguém te ver, de ficar bêbada tamanha segunda-feira sem ter que ouvir sermão/conselho de mãe dizendo que não é dia de se fazer isso, de não ter que se explicar pros pais em relação a um tal de um abaixo-assinado pra me tirarem da minha rua (apesar de não parecer, eu era uma ótima vizinha), de não ser importunada pelo piado/canto da sabiá do teu pai, de não acordar com raiva com tua mãe esmurrando a porta e mexendo no trinco (pior zoada que existe às 6:30h da manhã, acreditem!)... Tudo isso é muito bom mesmo!

Mas como tudo na vida, morar só e longe de casa também tem um lado ruim. Os domingos duram 48 horas e tua única companhia, muita das vezes é só o Faustão mesmo. A comida do restaurante e a que tu fazes na tua casa na pressa não têm o mesmo sabor da de casa. A voz da mãe pelo telefone não é a mesma que “ao vivo e a cores”. O pai já não pode brigar como antes (e mostrar, da forma dele, que se importa contigo) porque o interurbano é caro. O irmão não pode te apoiar da mesma maneira porque 5h de viagem te separam dele. Os amigos já não contam contigo da mesma maneira e, nem você com eles, porque amizade é melhor quando você tem alguém do lado pra te abraçar. O seu quarto é invadido com os bagulhos da casa e o seu guarda-roupa é abarrotado de roupas dos outros.

E aí é inevitável não bater a nostalgia. Inevitável!

E você se apóia em quem pode. Nas novas amizades, num namorado, nos estudos, na possibilidade de voltar pra sua casa através de um novo vestibular...

Tudo isso te dá força. Força não só pra conseguir aproveitar a distância de casa da melhor forma possível, mas também pra não desistir do caminho que pode te trazer de volta.

Só pra terminar o post, um fragmento de uma música que toda vez que eu ouvia, lembrava de casa.
“Há um vilarejo ali/ Onde Areja um vento bom/ Na varanda, quem descansa/ Vê o horizonte deitar no chão/ Pra acalmar o coração/ Lá o mundo tem razão/ Terra de heróis, lares de mãe/ Paraiso se mudou para lá...”




Nostalgia: vem de "nostos" (em Grego, "retorno para casa") mais "algia" ("dor, aflição") - o suave sofrimento que nos traz a lembrança das coisas passadas, da casa irremediavelmente perdida.

3 comentários:

  1. Bom... desculpa aí a intromissão, mas é que eu,nessa eterna falta do que fazer, tava procurando uns blogs interessantes e achei o teu. Gostei dos posts e se não for muito incômodo virei aqui marrocar um pouco.
    B-jus!!!

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  2. Nunca morei sozinha, tenho vontade mas o medo ainda é maior. Até imagino os teus domingos de 48 horas, com certeza deve bater uma solidão mesmo. Tudo bem que tem a parte boa, mas nada melhor que minha casinha, meu quarto rosa, e principalmente, minha mãe! hehe
    beijoss
    =*

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