quarta-feira, 30 de março de 2011

Essa madrugada eu chorei.



Lembrei do meu pai (não que eu não lembre todos os dias)...

Lembrei da falta que ele me faz, lembrei que eu nunca mais vou ser acordada com ele batendo nas persianas da janela do meu quarto, lembrei que ele não vai mais dar um soquinho na porta do meu quarto e dizer “ei, baixinha!” quando chegar do serviço, lembrei que ele não vai mais brigar comigo por causa desse “sono que não é normal”, lembrei que ele não vai mais me falar com pesar sobre a minha dificuldade em emagrecer, lembrei que ele não vai mais poder rir da minha cara pelas coisas que só acontecem comigo...

Lembrei que ele não vai mais ficar feliz com as minhas conquistas (mesmo que isso significasse só uma nota boa em uma prova difícil), lembrei que ele não vai mais poder falar com orgulho da filha quase médica, lembrei que ele não vai mais me chamar de pimpolha...

Não sei se o que mais doeu foram as coisas das quais lembrei ou as coisas que percebi.

Percebi que ele, que me apoiou em todos os momentos dessa minha caminhada nesse sonho de me tornar médica, não vai estar presente na minha formatura. Percebi que não será com ele que vou dançar a valsa do meu baile e nem poderei tê-lo entre os meus parceiros na valsa do casamento. Percebi que ele não vai fazer aquele olhar meio besta de quando via uma criança fofa ao olhar os meus filhos...

Não sei se o que desencadeou tudo isso foram umas fotos que vi do meu aniversário nesse ano que passou, mas nelas eu percebi que não parei nenhum momento pra tirar uma foto COM ele. Não tenho uma única foto em que tenha o abraçado e posado para a câmera.

Mas sabe o que é mais impressionante? Eu não tirei nenhuma foto COM ele, mas na maioria das fotos ELE ESTÁ AO MEU LADO.

E aí eu percebi que ele sempre foi assim. Apesar da distância física que nos separou por muito tempo ele sempre se fazia presente. Seja por meio das viagens pra casa quase todos os finais de semana, por meio das coisas que sempre fazia querendo nos agradar, seja pra acender as velas dos meus bolos de aniversários, seja pra me levar com uma antecedência monstra nas provas de vestibulares que eu fazia pra que eu nunca perdesse aquelas oportunidades que poderiam mudar a minha vida, ele sempre esteve ao meu lado.

E é assim que eu espero que seja sempre. É uma pena que não vou poder tê-lo ao meu lado em matéria, mas eu sei que ele sempre estará por perto. Cuidando de mim, me guiando pelos melhores caminhos e me amando.


Um beijo enorme e um abraço na barrigona do melhor pai que alguém um dia possa ter tido.

sábado, 26 de junho de 2010

Descobertas

Então...

Dia 24 foi minha última prova, né? E aí que eu, tendo que acordas às 7h da manhã, fui acometida por uma insônia do cão que me fez descobrir várias coisas, várias...
- às 3:35h eu descobri que meu celular de lanterninha TAMBÉM tem rádio FM (te mete, benhê!lançamento!)
- às 3:37h eu descobri que precisava de um fone de ouvido para fazer uso desta incrível ferramenta
- às 3:40h eu descobri que o bilotinho que eu tentava enfiar no buraquinho (ui!) do meu celular nunca entraria, já que o fone não era o do meu celular
- às 3:45h eu descobri como sintonizar as estações
- às 3:48h eu descobri que minha Havaiana Neon verde é mesmo neon. Fiquei tão emocionada quando a vi brilhando no escuro...
- às 3:56h eu descobri que meu incrível aparato tecnológico móvel com a função de originar e receber ligações (vulgo celular) também conta com a incrível capacidade de eu poder mudar de estação pelo fone de ouvido

- às 4:01h eu descobri que não ia dormir mesmo
- às 4:05h eu descobri que ÀS VEZES o que acontece comigo não é só falta de sorte, É LERDEZA MESMO! Afinal, pra que diabos eu fui tomar café à tarde se eu não tenho costume de fazê-lo justamente porque me dá insônia?
Né? Né! Pois é...
Só sei que a última vez que olhei no relógio eram 5h da manhã.
Só sei que mamãe me acordou às 6:50h da madrugada.
Só sei que mesmo morrendo de sono eu me dei bem na prova. \o/
Pois é, crianças.
Beijocas procês!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Parte #1


But Rio Hates Me!!!

Olá, gente! Tudo bem com vocês?

Nossa, faz tempo que eu não escrevo aqui, né?

Mas sim... Esse post é pra falar sobre a minha história de amor & ódio com o Rio de Janeiro. Eu fui ao Rio 3 vezes em minha linda vidinha. Uma quando eu era bem guria, com uns 7 anos com toda a minha querida família, outra com meu irmão-que-bebe-e-dorme-na-mesa-de-bar e a amiga-que-se-utilizou-de-promessa-pra-tatuar-o-pé e a última vez com minha prima-antes-conhecida-como-"lambe-lambe"-mas-que-agora-come-pá-porra.

Como as coisas que só acontecem comigo acontecem comigo, independentemente, de onde eu estiver, é lógico que elas me perseguiram também na tal da Cidade Maravilhosa.
Na viagem de Janeiro/2010 que foi a com o irmão e amiga tudo foi bem bacana. Até o sol de 40º LITERALMENTE à sombra e a escassez de dinheiro (pq já tínhamos passado 10 dias em Sampa) foram bem tolerados pela minha pequena pessoa nesta viagem.

E quando eu achava que só em Saint Louis aconteciam as coisas que acontecem comigo, eis que me surpreendi.

Era uma bela e muito muito quente noite de sábado no Rio. Encontramo-nos com um amigo que mora lá há um tempo e fomos pra Lagoa Rodrigo de Freitas. Chegando lá, ficamos passeando, curtindo as raríssimas brisas que por ali passavam, quando de repente, não mais que de repente, vejo um troço laranja se aproximando e sinto uma porrada na minha linda face: VRUUUUMMMM! Fui atropelada!



Isso, queridos leitores! ATROPELADA!!! Em plena Lagoa Rodrigo de Freitas. Assim, pelo grito e pelo giro ao redor do meu corpo que eu dei, eu poderia jurar pra vocês que uma jamanta me atropelou, mas não... UM GURI NUMA BIKE ME ATROPELOU! UM GURI! Aí vocês podem se perguntar; mas o que diabos era a coisa laranja? Era a bandeira! A bandeira! Pq inventaram de tascar bandeiras nas bikes pra alugar lá na lagoa. Pode!?



Só sei que depois de me recuperar do susto e de perdoar várias vezes o guri que passava ao meu lado continuamente pedindo desculpas, virei motivo de riso da noite.



Pq as coisas que só acontecem comigo nunca cansam de acontecerem comigo... Ai,ai...



terça-feira, 11 de maio de 2010

LUTO



“ É tão estranho/ os bons morrem jovens/ assim parece ser/ quando me lembro de
você/ que acabou indo embora/ cedo demais.
...
É tão estranho/ os bons
morrem antes/ me lembro de você/ e de tanta gente que se foi/ cedo demais/ e
cedo demais... ”

Homenagem ao meu primo Luís Henrique Braga Polary Filho, o “Polaco” da família Polary. Exemplo pra mim de simplicidade, carisma, competência...
Pessoa que meu deu um dos melhores conselhos que já recebi na vida:


-- Minha prima, aproveita tua vida enquanto tu pode, enquanto tu só tá estudando, porque depois de formada, é muito mais difícil... Mas te digo, vale muito à pena!

É, meu primo. Preocupa não que eu vou colocar em prática o conselho...


“Vai com os anjos/ vai em paz...”

E olha por nós aí em cima, tá?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Eu chupo língua sim! E daí!?


Olá, pessoas! Tudo bem com vocês?

Sim, não sei vocês lembram desse post aqui
http://naovoutementir.blogspot.com/2009/08/novidades-em-minha-singela-vidinha-1.html, mas nele eu tinha dito que duas coisas tinham acontecido comigo na mesma semana, não foi?

A 1ª foi aquela história sobre o tal negão-conhecido-como-Morena-pelos-íntimos-e-que-agarra-anãs-no-Chez-Moir. E a segunda? Bom, a segunda eu conto agora pra vocês...

Na mesma semaninha da tal conversa no MSN que “me acabou com a minha vida”(http://www.youtube.com/watch?v=ACXFHGanR7w&feature=PlayList&p=105132B7BD093287&playnext=1&playnext_from=PL&index=1), resolvi eu, aproveitando as férias eternas da UFMA, que iria ao dentista.

Mas não era o dentista normal (como assim, Bial? Existe um anormal?), não era aquele que faz limpeza e coisas do tipo, fui a um ORTODONTISTA!

Não sei se meus queridos leitores sabem, mas eu, abençoada como sempre desde a infância, já passei pelo suplício de usar aparelho DUAS VEZES! Sim, querido leitor, você não leu errado, já usei aparelhos ortodônticos por DUAS INFINITAS VEZES! Isso pq eu não usei chupeta quando criança, imaginem...

Até aí, tudo bem... Quer dizer, tudo bem não, pois quem já teve o desprazer de usar essas coisinhas metálicas inventadas pelo cão, sabe que usá-los não tem nada de “tudo bem”...

Ok. Prosseguindo... Usei quando guria, dos 9 (ou 8, sei lá) aos 14 anos mas como o fuleiro do dentista enrolão não fez o serviço direito, meus pequenos e lindos dentinhos começaram a voltar para seus lugares de origem, o que me fez ter que usar aparelho novamente. Dessa vez dos 16 aos 18, mais ou menos.

Tudo bem, passei minha formatura no colégio de aparelho, mas consegui me livrar dessas amarras metálicas antes de entrar pra faculdade. Afinal, Deus é Pai e mesmo eu tenho que ter um pouco de sorte na vida, né não?

Tuuuuuuuuuudo bem. Mas aí o que me acontece!? Digam, digam!

Graças a minha idiotice em não usar meu aparelho móvel à noite e ao vício que dá nome a esse post, um dos meus dentinhos resolveu se revoltar e voltar NOVAMENTE para seu lugar de origem.

Isso não me preocupou tanto, até o dia em que eu percebi que a insistência dele em aparecer mais que os outros (leia-se: ele tá desalinhado, indo pra frente, tá praticamente querendo pular de minha boca) já está bem perceptível.
Então, decidi tomar vergonha na cara e procurar um dentista.

Como agora eu tenho um tal dum plano vagabundo odontológico, marquei uma avaliação com uma doida lá pra que visse o que pode ser feito pela minha pequenina e sofrida pessoa.

No dia marcado, compareci à clínica. Ao entrar no consultório da dentista, ela se mostra muito simpática, muito atenciosa, pede que eu conte o motivo de a ter procurado, não sei quê... Depois de todo o meu suplício contado, sento naquela cadeirinha cachorra que os dentistas possuem e abro minha pequena boca pra que a tal doida me examine.

Comentários dela escritos tal como ela falou:

“ Olha, o teu problema é ósseo (como se eu nunca tivesse percebido isso...). Os teus dentistas tinham que ter estimulado a tua mandíbula a ir pra frente quando tu ainda era nova (me chamou de velha). Pq agora... Tu já tens o quê? 20, 21 anos? Tu já és adulta.

Vou te mandar pra um colega, pq eu não vou pegar teu caso não (frouxa, covarde!). Pq tu já passou pela mão de 2 colegas (me caiu só de rodada, doido!)...


Acho que protrusão de mandíbula não dá pra fazer mais. Acho que ele vai querer extrair DOIS PRÉ-MOLARES, UM DE CADA LADO, PRA TENTAR EMPURRAR O RESTO PRA TRÁS. Mas como tu és DENTUCINHA (sim, essas foram as palavras dela depois de pedir que eu ficasse de perfil), vai ficar bem bonitinho mesmo.”

Como assim, Bial!? Banguela com 22 anos? Não dá pra minha pessoinha.

E como assim ela não me aceitaria como paciente só pq eu já tinha feito 2 tratamentos anteriormente? Já pensou se os médicos também se recusassem a tratar pacientes só pq estes já “passaram pelas mãos de outros”? O que seria do mundo!? Essa frouxa!

Acho, sinceramente, que mandarei a pessoa dela tomar onde as patas tomam e vou procurar o dentista que gosta de desafios. Sim! Pq ela também disse isso. Disse que esse tal “dentista gostava de desafios e que, como o meu caso era interessante, ele ia adorar me pegar”.

Ahhhh, doido! Só sei que fiquei puoooooooooooooota de raiva! A mulher me chama de velha, dentuça, rodada e ainda quer me deixar banguela!? Faça-me o favor, né?

Ai,ai... Quando eu digo que essas coisas só acontecem comigo...

Beijo e boa semana pra vocês!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Post sobre o meu aniversário



Quem me conhece sabe que eu sou fresca, que adoro rosa, que adoro coisas fofas, que adoro coisas infantis, que me iludo e me encanto como uma criança.



Hoje, dia 31 de agosto foi meu aniversário de 22 anos mas pela minhas reações à data vi que não “cresci” nem um pouquinho.



Primeiro vou falar da parte ruim de ser uma “criança”: acreditar, se iludir com o que as pessoas prometem e, ao passo que essas coisas não acontecem, ficar frustadíssima. Muitos de meus amigos que prometeram que viriam a minha festinha e os quais já contava como certos, não vieram. Não vou te mentir que fiquei meio tristinha, mas bobagem... Só sei que não levarei bolo pra essas pessoas. =P



A parte boa? Ganhei presentes fofos, muito fofos mesmo. De girafas obesas sem pescoço a vacas loucas que riem e dançam “I like to moooooooooooove mooooooooooooooove”, passando por capa de celular de vaquinha e organizador da Hello Kitty, bem como por uma blusa do Mickey. Isso sem falar da decoração da festa. Sim, decoração! Quer dizer que só porque eu tenho 22 anos não posso decorar minha casa em um aniversário, é? Marrapaz! Sim, a decoração foi da Pucca. Tudo tão lindo! Com direito à lembrancinhas e bombons embrulhados em papéis coloridos e tudo.



Mas sim, fiquei empolgadíssima com os meus presentes (como qualquer criança), mostrei-os a todos os presentes - Astolfo (a girafa macho que de tão gorda não tem mais pescoço) e Clemilda, The Crazy Cow que o digam - e ao fim da festa, após mostrar pra minha mamadi, os guardei.



Assim, meu aniversário foi numa segunda-feira, dia inconvenientão. E tipo, eu tenho ambulatório todos os dias às 7h da manhã, por isso tenho que acordar às 6h pra me arrumar. No domingo, tive uma comemoração de pré-aniversário e fui dormir um pouco tarde, às 00:40h já do dia 31/08. Pela manhã, tava morrendo de sono no ambulatório e por causa da correria dos preparativos, não pude tirar minha sagrada soneca pós-almoço. Até aí, tudo bem. Mas o que me acontece?



Meu aniversário acabou, acabou de fato, meia-noite. Até arrumar as coisas e tudo, fui deitar às 00:40h. Me preparei logo, psicologicamente, pra estar com sono de manhã no ambulatório. Mas e aí? E aí? Simplesmente às 3H DA MANHÃ eu acordo. ACORDO E NÃO DURMO MAIS. Porque eu acordei!? Também não sei. Mas lembro que o 1º pensamento que tive ao acordar foi: “que nome eu vou dar pros meus novos bichinhos de pelúcia?”.



Como assim, Bial!? Como diabos a pessoa acorda às 3h da manhã pra pensar nisso!? Tudo bem, após decididos os nomes, achei que conseguiria dormir. Tu xxxxxura, né?? Por causa da insônia que tomou conta de minha pessoinha, comecei a fazer um book dos meus novos bichinhos às 3:52h da manhã. Fotos e mais fotos depois, fui marocar de novo todos os meus presentes, organizar algumas coisinhas, experimentar algumas roupas que ganhei, essas coisas que só uma criança empolgada com seus brinquedos recém-adquiridos faria.



Não satisfeita e após tentar dormir, resolvo que vou escrever um post sobre isso agora, às 04:48h da madrugada!



Cadê a noção e o juízo que deveriam se apoderar de uma mulher de 22 anos, God!? Aff...



Espero que os pacientes e o professor não notem se eu tirar um cochilo no meio do atendimento.



E espero também que Papai do céu me dê mais noção e juízo como presentes de aniversário do ano que vem. :D



1 OCEANO DE PEIXINHUX A TODOS!



E FELIZ ANIVERSÁRIO PRA MIM!!!

P.s.: e aí que a parede do meu quarto é rosa e que minha colcha de cama é de florzinha!?

terça-feira, 18 de agosto de 2009







Dizem que, ultimamente, eu ando muito saudosista.




Eu até que não achava não, mas os últimos acontecimentos da minha vida me fizeram ficar, realmente, com muitas saudades.



Sinto saudades das amigas que fiz na 5ª e na 7ª série no Santa Teresa. Tenho saudades da inocência da nossa amizade, das descobertas da recém-iniciada adolescência, dos primeiros ficas, primeiros namoros, primeiras idas às festas, das primeiras chegadas em casa ao amanhecer.



Sinto saudade das primeiras caipirinhas compradas com o intuito de paquerar os rapazes próximos ao bar, sinto saudade das primeiras latinhas de cerveja divididas, das roupas permutadas, das loucuras na hora de sairmos pras baladas.



Sinto saudade das risadas sem pudores no meio da sala de aula, dos inúmeros bilhetinhos trocados durante as aulas, das perseguições de um certo professor aos nossos bilhetes e de nós escondidas no banheiro feminino.



Sinto saudades dos choros compartilhados, dos amigos- secretos realizados, dos ovos de páscoa, caixas de chocolate e cartinhas trocados.



Sinto saudade do caderno das Panteras, dos livros escritos com uma delas.



Sinto saudade de, simplesmente, irmos pra casa de uma de nós e ficarmos a tarde inteira conversando e comendo brigadeiro.



Sinto saudades dos passeios na Rua Grande, das idas aos Jogos e ao shopping na época do Jems.



Sinto saudade da Escolinha, das ovadas que dávamos umas nas outras em nossos aniversários, das gincanas, das feiras de ciência.



Sinto saudades das noites em claro na internet, nas quais tinha companhia da pequena notável.



Sinto saudades do ICBEU e de tudo o que aprontei por lá com uma delas.



Saudades das festas por nós organizadas, dos bolões por nós feitos, pelas “vinganças” que tramamos.



Sinto saudade do Beco do Santa Teresa e de tudo o que vivemos lá. Sinto saudades da quadra vermelha, onde tantas vezes nos sentamos pra lanchar, conversar. Sinto saudades da biblioteca onde íamos conversar no ar-condicionado. Sinto saudade das arquibancadas que tanto ouviram nossas histórias.



Sinto saudades das percepções do que as outras queriam dizer, só pelo olhar. Sinto saudades de tudo o que éramos, tudo o que representávamos.



Sinto saudades dos nossos desentendimentos, pois a cada conversa e reconciliação, ficávamos ainda mais unidas.



Sinto saudades de, mesmo nos conhecendo de uma maneira única e sabendo de tudo o que acontecia na vida umas das outras, como nunca nos faltava assunto.



Mas, acima de tudo, sinto saudades do companheirismo extremo, da confiança cega, do conhecimento mútuo, do amor inexplicável. Sinto saudade das amigas pra toda hora, das amigas pra tudo e pra nada, sinto saudade da irmandade que nos unia. Sinto saudade das amigas verdadeiras e sempre presentes que eu tinha.



Sinto saudade de me sentir cuidada, querida, importante. Sinto saudades de ser a conselheira, a “mãe” de todo mundo, a desenrolada, a engraçada, a que sempre colocava as outras pra cima.






Sinto saudade de fazer parte da vida delas e elas da minha. Sinto saudade de poder saber que, aconteça o que acontecer, no dia seguinte a gente vai se encontrar e tudo vai melhorar.



Sinto saudade de ter amigas assim, amigas como nós éramos, amigas como as Panteras.



Amo vocês, Mila, Thaty, Jana e Poly.

Thatá