terça-feira, 18 de agosto de 2009







Dizem que, ultimamente, eu ando muito saudosista.




Eu até que não achava não, mas os últimos acontecimentos da minha vida me fizeram ficar, realmente, com muitas saudades.



Sinto saudades das amigas que fiz na 5ª e na 7ª série no Santa Teresa. Tenho saudades da inocência da nossa amizade, das descobertas da recém-iniciada adolescência, dos primeiros ficas, primeiros namoros, primeiras idas às festas, das primeiras chegadas em casa ao amanhecer.



Sinto saudade das primeiras caipirinhas compradas com o intuito de paquerar os rapazes próximos ao bar, sinto saudade das primeiras latinhas de cerveja divididas, das roupas permutadas, das loucuras na hora de sairmos pras baladas.



Sinto saudade das risadas sem pudores no meio da sala de aula, dos inúmeros bilhetinhos trocados durante as aulas, das perseguições de um certo professor aos nossos bilhetes e de nós escondidas no banheiro feminino.



Sinto saudades dos choros compartilhados, dos amigos- secretos realizados, dos ovos de páscoa, caixas de chocolate e cartinhas trocados.



Sinto saudade do caderno das Panteras, dos livros escritos com uma delas.



Sinto saudade de, simplesmente, irmos pra casa de uma de nós e ficarmos a tarde inteira conversando e comendo brigadeiro.



Sinto saudades dos passeios na Rua Grande, das idas aos Jogos e ao shopping na época do Jems.



Sinto saudade da Escolinha, das ovadas que dávamos umas nas outras em nossos aniversários, das gincanas, das feiras de ciência.



Sinto saudades das noites em claro na internet, nas quais tinha companhia da pequena notável.



Sinto saudades do ICBEU e de tudo o que aprontei por lá com uma delas.



Saudades das festas por nós organizadas, dos bolões por nós feitos, pelas “vinganças” que tramamos.



Sinto saudade do Beco do Santa Teresa e de tudo o que vivemos lá. Sinto saudades da quadra vermelha, onde tantas vezes nos sentamos pra lanchar, conversar. Sinto saudades da biblioteca onde íamos conversar no ar-condicionado. Sinto saudade das arquibancadas que tanto ouviram nossas histórias.



Sinto saudades das percepções do que as outras queriam dizer, só pelo olhar. Sinto saudades de tudo o que éramos, tudo o que representávamos.



Sinto saudades dos nossos desentendimentos, pois a cada conversa e reconciliação, ficávamos ainda mais unidas.



Sinto saudades de, mesmo nos conhecendo de uma maneira única e sabendo de tudo o que acontecia na vida umas das outras, como nunca nos faltava assunto.



Mas, acima de tudo, sinto saudades do companheirismo extremo, da confiança cega, do conhecimento mútuo, do amor inexplicável. Sinto saudade das amigas pra toda hora, das amigas pra tudo e pra nada, sinto saudade da irmandade que nos unia. Sinto saudade das amigas verdadeiras e sempre presentes que eu tinha.



Sinto saudade de me sentir cuidada, querida, importante. Sinto saudades de ser a conselheira, a “mãe” de todo mundo, a desenrolada, a engraçada, a que sempre colocava as outras pra cima.






Sinto saudade de fazer parte da vida delas e elas da minha. Sinto saudade de poder saber que, aconteça o que acontecer, no dia seguinte a gente vai se encontrar e tudo vai melhorar.



Sinto saudade de ter amigas assim, amigas como nós éramos, amigas como as Panteras.



Amo vocês, Mila, Thaty, Jana e Poly.

Thatá

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